CORONAVÍRUS

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Luiz Henrique Mandetta | Pablo Jacob/18-3-2020
Candidatos não faltam. Já chegou às mãos do presidente Jair Bolsonaro uma relação de pelo menos dez nomes de supostos interessados em assumir o Ministério da Saúde.
Bolsonaro tem em mente o perfil do que seria o “substituto ideal” para o posto de Luiz Henrique Mandetta. A questão é achar quem se encaixe nele. O presidente quer um profissional da área da saúde, de preferência um médico, que tenha respaldo entre seus pares, mas alinhamento com o discurso oficial, ou seja, precisa defender o uso da cloroquina e o isolamento só para grupos de risco da covid-19, os idosos.
Auxiliares diretos de Bolsonaro batem na tecla de que a aprovação da classe médica é essencial para que o próximo ministro possa mudar os rumos da pasta da Saúde com legitimidade da sociedade. Ocorre que o corpo médico, em massa, apoia a postura de Mandetta.
O núcleo duro do Palácio tem defendido que o nome precisa ser um meio termo entre o atual ministro, que prega o isolamento e é cuidadoso ao falar da cloroquina, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que vai para o outro extremo e afirma que a pandemia está caminhando para o fim.
MEU COMENTÁRIO:
Aguardem que vem aí um lambe-botas como a ocasião exige e candidatos não faltam.
Estranho que os generais de várias estrelas, tão ciosos do respeito à hierarquia e por isso favoráveis à saída de Mandetta por que desrespeitou-a, ficam prestando continência à um ex-tenente que só virou capitão por que na reforma a promoção é automática.
Saiu a bem do serviço público, por que estava envolvido em tentativa terrorista, abafada na época pelos colegas de 1964, todos de volta ao poder, quando deveria ter sido submetido a uma corte marcial, devido à gravidade de seu delito.
Nada a estranhar, porém. Este é um país em que um juiz corrupto que vende sentenças, é “punido” com a aposentadoria precoce, porém com integralidade de vencimentos. E fica tudo “intra muros” para não comprometer a confiabilidade do Poder Judiciário.
Todos são iguais perante a lei, porém os “mais iguais” levam nítida vantagem em certas situações.
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